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Por Gazetaweb     |     18.01.2019 - 10H24
Com área de alto risco, Defesa Civil diz que Pinheiro corre risco de desabamento

 

Com área de alto risco, Defesa Civil diz que Pinheiro corre risco de desabamento

Grupo de trabalho se reuniu nesta sexta-feira; simulado será realizado no local no dia 23 de fevereiro

 Por Larissa Bastos e Rafael Maynart  18/01/2019 10h14 - Atualizada às 18/01/2019 10h48

Grupo de trabalho se reuniu nesta sexta-feira para apresentação situação

FOTO: Rafael Maynart

Sofrendo com rachaduras nas ruas e casas e instabilidade do solo, o bairro do Pinheiro corre o risco de um desabamento. Pelo menos é o que diz o grupo de estudos que avalia a situação do local. Os dados foram apresentados durante uma reunião nesta sexta-feira (18), no Palácio República dos Palmares.

Segundo o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Moisés, os prédios e casas localizadas na área classificada como vermelha, ou de risco máximo, correm o risco de desabar. Por isso mesmo, 150 das famílias que moravam lá já foram retiradas de suas casas. Cerca de 20 mil pessoas vivem nas regiões de alto, médio e baixo risco.

O grupo de técnicos que veio a Maceió para acompanhar o caso, porém, descarta a ideia de uma catástrofe. "Não trabalhamos com uma possível catástrofe, porque nas residências que apresentam maior risco os moradores já foram retirados de suas casas", apontou o geofísico Thales Sampaio. 

A reunião apontou que a estrutura do Cepa, a Volkswagen Hyundai, a Casa Vieira, o Terminal Sanatório, a Praça Lucena Maranhão e o IMA serão utilizados como pontos de encontro em caso de novos tremores ou possíveis desabamentos. Já o posto de comando das operações será estabelecido no Quartel do Exército, na Avenida Fernandes Lima.

Novo mapa das áreas de risco foi apresentado pelos técnicos

FOTO: Rafael Maynart

No dia 5 de fevereiro, o grupo de trabalho se reunirá no local. Já no dia 23 do próximo mês, às 15hm será feito um simulado no Pinheiro, com a participação de diversos órgãos e secretaria e mais de 600 atores, agentes militares à paisana. O objetivo é treinar a população quanto ao que fazer em caso de uma tragédia.

Serão utilizadas também aeronaves e viaturas. "Nossa previsão de evacuação é de 45 minutos para retirar toda a população. O início vai ser dado com as aeronaves circulando no bairro", explica o coronel Moisés, acrescentando a intenção é retirar toda a população da área vermelha até o início do período chuvoso.

"A chuva pode ser um gatilho para novos tremores. Se for necessário evacuar, o treinamento será dado para todo o bairro para que as pessoas possam ser evacuadas", aponta ele. O volume médio de chuvas para a emissão de um alerta é em torno de 50 milímetros, o mesmo que provocou os tremores no ano passado. 

Auxílio moradia

Moradores vêm sofrendo com situação de risco há um ano

FOTO: Arquivo Gazetaweb
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Nacional, Rafael Machado, o caso do Pinheiro é prioridade para o Governo Federal. "Há uma determinação presidencial para apoio às ações em Maceió. Um exemplo disso é a liberação da primeira parcela solicitada pelo Município, de R$ 480 mil, para pagamento de aluguel social das primeiras 80 famílias, no valor de R$ 1 mil por mês, por seis meses".

Coordenador da Defesa Civil Municipal, Dinário Lemos ressaltou que outras 100 unidades habitacionais vêm sendo monitoradas há seis meses por estarem com bastante fissuras. Mas apenas as 80 que recebem os recursos a partir de agora entregaram a documentação necessária.

"Das 180 unidades habitacionais, 80 apresentaram os documentos. A gente não podia esperar, tínhamos que enviar logo. Pedimos recursos para toda a área vermelha, mas como só tínhamos os 80, enviamos. Assim que as outras famílias forem apresentando os documentos seus e dos imóveis, vamos apresentando ao Governo Federal", afirmou.