Com área de alto risco, Defesa Civil diz que Pinheiro corre risco de desabamento
Grupo de trabalho se reuniu nesta sexta-feira; simulado será realizado no local no dia 23 de fevereiro
Grupo de trabalho se reuniu nesta sexta-feira para apresentação situação
FOTO: Rafael MaynartSofrendo com rachaduras nas ruas e casas e instabilidade do solo, o bairro do Pinheiro corre o risco de um desabamento. Pelo menos é o que diz o grupo de estudos que avalia a situação do local. Os dados foram apresentados durante uma reunião nesta sexta-feira (18), no Palácio República dos Palmares.
Segundo o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Moisés, os prédios e casas localizadas na área classificada como vermelha, ou de risco máximo, correm o risco de desabar. Por isso mesmo, 150 das famílias que moravam lá já foram retiradas de suas casas. Cerca de 20 mil pessoas vivem nas regiões de alto, médio e baixo risco.
O grupo de técnicos que veio a Maceió para acompanhar o caso, porém, descarta a ideia de uma catástrofe. "Não trabalhamos com uma possível catástrofe, porque nas residências que apresentam maior risco os moradores já foram retirados de suas casas", apontou o geofísico Thales Sampaio.
A reunião apontou que a estrutura do Cepa, a Volkswagen Hyundai, a Casa Vieira, o Terminal Sanatório, a Praça Lucena Maranhão e o IMA serão utilizados como pontos de encontro em caso de novos tremores ou possíveis desabamentos. Já o posto de comando das operações será estabelecido no Quartel do Exército, na Avenida Fernandes Lima.
Novo mapa das áreas de risco foi apresentado pelos técnicos
FOTO: Rafael MaynartNo dia 5 de fevereiro, o grupo de trabalho se reunirá no local. Já no dia 23 do próximo mês, às 15hm será feito um simulado no Pinheiro, com a participação de diversos órgãos e secretaria e mais de 600 atores, agentes militares à paisana. O objetivo é treinar a população quanto ao que fazer em caso de uma tragédia.
Serão utilizadas também aeronaves e viaturas. "Nossa previsão de evacuação é de 45 minutos para retirar toda a população. O início vai ser dado com as aeronaves circulando no bairro", explica o coronel Moisés, acrescentando a intenção é retirar toda a população da área vermelha até o início do período chuvoso.
"A chuva pode ser um gatilho para novos tremores. Se for necessário evacuar, o treinamento será dado para todo o bairro para que as pessoas possam ser evacuadas", aponta ele. O volume médio de chuvas para a emissão de um alerta é em torno de 50 milímetros, o mesmo que provocou os tremores no ano passado.
Auxílio moradia
Moradores vêm sofrendo com situação de risco há um ano
FOTO: Arquivo GazetawebCoordenador da Defesa Civil Municipal, Dinário Lemos ressaltou que outras 100 unidades habitacionais vêm sendo monitoradas há seis meses por estarem com bastante fissuras. Mas apenas as 80 que recebem os recursos a partir de agora entregaram a documentação necessária.
"Das 180 unidades habitacionais, 80 apresentaram os documentos. A gente não podia esperar, tínhamos que enviar logo. Pedimos recursos para toda a área vermelha, mas como só tínhamos os 80, enviamos. Assim que as outras famílias forem apresentando os documentos seus e dos imóveis, vamos apresentando ao Governo Federal", afirmou.